terça-feira, 27 de setembro de 2011

Como investir em imóveis para obter uma renda mensal

Para quem tem muito dinheiro, os galpões logísticos viraram uma excelente opção; flats voltam a atrair investidor com menos recursos

Galpão da GR Properties em Jundiaí: retorno de 1,16% ao mês para investidores


São Paulo – Não são poucos os brasileiros que compram imóveis para garantir uma renda mensal ao longo dos anos. A principal dificuldade enfrentada por essas pessoas é escolher um imóvel que seja rentável para o proprietário e atrativo para os inquilinos durante décadas. No mercado imobiliário, o que mais se repete é que os imóveis comerciais costumam ser um melhor negócio que os residenciais para os investidores por dois motivos: 1) é possível fechar contratos de locação com prazos mais longos de duração; e 2) empresas geralmente pagam mais do que pessoas físicas, seja em restaurantes, hotéis ou ao alugar escritórios.

Mesmo apenas dentro do universo de imóveis comerciais, ainda há uma infinidade de opções para os investidores. Algumas delas, como a compra de salinhas comerciais, já não são mais consideradas decisões atrativas de investimento devido aos altos preços do metro quadrado.

Para entender onde ainda existem oportunidades, EXAME.com conversou com Guilherme Rossi Cuppoloni, sócio da GR Properties e um dos filhos de João Rossi, controlador da Rossi, uma das maiores incorporadoras do país. A GR Properties se especializou na incorporação de imóveis geradores de renda como condomínios de galpões logísticos, escritórios comerciais em bairros afastados e edifícios residenciais semelhantes a flats, mas não atua com shoppings, hotéis ou lajes corporativas. Leia a seguir os conselhos de Guilherme Rossi a quem planeja investir em imóveis para ter uma renda mensal:

Considero que os galpões industriais são a melhor opção para o investidor que planeja ter um imóvel perto de São Paulo. Esses galpões oferecem uma solução logística para as empresas, que precisam lidar com as restrições impostas para o tráfego de caminhões na cidade durante o dia. Não tenho dúvida que para essas companhias, o aluguel é a melhor opção. Comprar um terreno e montar um galpão próprio prejudica o balanço delas. A empresa empata um dinheiro que deveria ser aplicado na operação. Então existe demanda por esse tipo de imóvel.

Para o proprietário, a principal vantagem dos galpões é a rentabilidade. A GR Properties construiu um galpão logístico em Jundiaí que começou a ser locado há quase um ano. Reunimos 21 investidores e cada um colocou cerca de 3 milhões de reais no negócio. Hoje todos os espaços estão alugados. Os 60 milhões de reais investidos para erguer o imóvel permitiram uma geração de caixa mensal de cerca de 700.000 reais em aluguéis. É um retorno bruto de 1,16% ao mês – ou mais ou menos 1% descontados os impostos e as despesas administrativas.

É por isso que acho que os galpões são melhores investimentos que os escritórios de alto padrão, por exemplo. Em São Paulo, o retorno é maior. A escassez desse tipo de imóvel pode ser medida em números. Há um estoque total de cerca de 7 milhões de metros quadrados em galpões logísticos no Brasil enquanto que no México há existem milhões de metros. O estoque deles é mais do que seis vezes maior. Então temos aqui um cenário em o proprietário dá o preço para o aluguel – o melhor dos mundos para qualquer investidor.

Não estou dizendo que isso também não acontece com as lajes corporativas. Há tanto escassez de escritórios de alto padrão no Rio e em São Paulo quanto de galpões. A diferença é que há um número bem maior de lajes corporativas previstas para serem entregues nos próximos anos. Já os aluguéis dos galpões são e devem se manter atrativos. Como os atuais contratos são indexados ao IGP-M, esse rendimento tende a subir nos próximos anos. Se o preço dos imóveis continuar a subir, o investidor também sai ganhando – ainda que não seja possível contar com isso indefinidamente.

 Em relação às salinhas comerciais, as vantagens dos galpões são ainda maiores. Esses pequenos escritórios são mais difíceis de alugar. Se a empresa precisa de 200 metros quadrados em um prédio com centenas de salinhas de 40 metros, tem que juntar cinco inquilinos com imóveis contíguos. É raro haver alguém para organizar isso. Então é provável que o contrato não seja fechado. Também não há uma estrutura de pós-venda para ajudar os investidores a conseguir inquilinos. Por último, é difícil de conseguir a adesão da maioria dos proprietários para realizar reformas e manter os imóveis competitivos.

O principal risco de qualquer imóvel comercial é a vacância. Como os galpões logísticos geralmente incluem poucas unidades, eu mesmo ajudo os investidores a conseguir inquilinos. Dou assessoria para o fechamento do primeiro contrato de locação sem cobrar nada a mais por isso. O outro risco é o de liquidez. Então também ajudo quem decide vender seu galpão a encontrar um comprador. Dos 21 proprietários de Jundiaí, cinco já se desfizeram do negócio em transações fechadas rapidamente.

Antes de entrar em um negócio como esse, o investidor deve ficar atento à reputação do incorporador. No momento em que os recursos são captados, a empresa só terá um projeto, as licenças de construção necessárias e um terreno onde talvez já esteja sendo feita a terraplanagem. O investidor precisa escolher uma empresa com bom histórico de entrega dos projetos prometidos para correr menos riscos.

Se fizer uma boa escolha, o investidor será recompensado. Quem compra um galpão no estágio inicial de construção pode obter um retorno mais alto lá na frente. Só consegue 1,16% de retorno quem compra primeiro o projeto. Quem entra nesse negócio quando o galpão já está pronto e com um inquilino dentro provavelmente vai obter algo mais próximo a 0,7% ou 0,8% do investimento em aluguéis mensais.

Outra coisa que todo investidor precisa olhar é a localização do empreendimento. É preciso estar perto de São Paulo. Mas em locais como o Rodoanel, por exemplo, acho que os preços ficaram inviáveis. Os terrenos estão caros demais. Então o preço de locação também será salgado para a empresa, o que eleva o risco de vacância. Pelo que tenho visto e feito, é mais inteligente comprar um terreno um pouco mais afastado da capital para depois cobrar um aluguel bem atrativo para a empresa. Foi por isso que decidimos construir em Jundiaí e que devemos entregar outros dois galpões industriais em Campinas , um deles ainda neste ano.

Para quem não pode colocar 3 milhões de reais em um imóvel, acho que os imóveis parecidos com flats podem ser um bom negócio. Esses imóveis estavam com preços muito interessantes há quatro ou cinco anos. Quem aproveitou muito bem a oportunidade para comprá-los a preços baixos foi o fundo imobiliário hotel MaxInvest [que, somente neste ano, já rendeu mais 58%]. Eles compraram a maioria dos flats de alguns edifícios, se tornaram síndicos do prédio e aprovaram reformas que tornavam esses imóveis atrativos para os inquilinos. O problema de alguns flats é que os prédios são velhos e necessitam de algum tipo de revitalização. Como venceram esse problema, eles estão ganhando um bom dinheiro.

Do ponto de vista do investidor, um ponto negativo dos flats é que os custos do condomínio costumam ser muito altos. O inquilino muitas vezes paga 3.000 reais por mês, por exemplo, mas só 1.500 reais chegam ao bolso do proprietário. O resto paga as despesas do prédio. Para driblar esse problema, a GR Properties vai lançar dois empreendimentos residenciais para locação, um na Vila Madalena, em São Paulo, e outro no bairro do Cambuí, em Campinas.

A ideia é que os edifícios tenham uma estrutura de serviços bem mais simples do que a que normalmente é oferecido em flats. Não será feita limpeza todos os dias, por exemplo. Teremos uma empresa terceirizada para prestar esse serviço duas ou três vezes por semana. Dessa forma, o custo mensal do condomínio será mais baixo, e mais dinheiro chegará ao bolso do investidor.

Publicado na Exame.com

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Condomínio: 10 dicas para evitar multas


Morar em condomínio é uma tarefa que exige saber viver em comunidade e, principalmente, respeitar o espaço alheio e o coletivo. Como medida para evitar que certas atitudes atrapalhem o convívio, os condomínios costumam multar quem faz barulho fora de hora, desrespeita o espaço comum dos condôminos, entre outras transgressões à convenção coletiva.

Sem multas

Para evitar as multas, o diretor de atendimento da administradora Itambé, Rene Vavassori dá algumas dicas:
  • Não alterar a fachada: além de ocasionar multa, a construtora e o arquiteto responsável podem processar o condômino, por alteração do projeto sem autorização.
  • Não alterar a área comum: nenhum tipo de alteração na área comum do prédio deve ser feito sem aprovação em assembleia. Se cada morador resolver decorar um ambiente da área comum da forma como achar melhor, sem consultar os outros moradores, pode ser multado também.
  • Respeitar os horários de silêncio estabelecidos na Convenção: todos prezam por uma noite de sono, seja à noite, seja de manhã bem cedo. Arrastar móveis nesses horários, gritar, ouvir música em volume alto ou fazer o cachorro latir não são ações bem vistas para quem mora em condomínio.
  • Respeitar o uso da vaga de garagem: garagem não é lugar de guardar bicicletas, carrinhos de bebê, ferramentas ou material de construção. Além de ir contra as regras condominiais e degradar o espaço, algum objeto pode sumir. Quem não respeita as regras leva multa.
  • Respeitar o uso do elevador: é importante que o condômino se atente à segurança do condomínio. Criança pequena só pode ficar no elevado se estiver acompanhada. Para os adolescentes, vale o bom senso e o respeito: elevador não é lugar de brincadeiras. Outra questão para o uso do elevador é entender a diferença entre o social e o de serviço. O primeiro não permite o trânsito de animais, carrinhos de supermercado, lixo ou mudanças. Quem não respeitar a regra também é multado.
  • Não atirar objetos pela janela: além de correr um risco enorme de machucar alguém, é uma questão de educação e bom senso. Seja bituca de cigarro, brinquedos, alimentos ou qualquer outro objeto, esta ação é inaceitável e gera multas.
  • Sujou, limpou: quem não gosta de um ambiente limpo e seco? Se usar a churrasqueira, é importante deixá-la limpa para o próximo morador. Caso não tenha como limpar, peça ajuda ao faxineiro.
  • Quebrou, pague o conserto: acidentes acontecem, claro. O que não acontece é a compreensão dos outros moradores, quando algum objeto do condomínio é quebrado pelo uso errado. Fiscalize as crianças e os adolescentes e oriente-os para que cuidem do patrimônio.
  • Cuidado com os animais de estimação: animais em condomínios são aceitáveis, desde que a quantidade e o tamanho deles sejam compatíveis com o apartamento. Tem gente que cria cinco cachorros e sai para trabalhar o dia todo. Dessa forma, os animais sofrem maus tratos e latem sem parar, incomodando os vizinhos. Para as raças mais agressivas, o uso da focinheira é obrigatório. Deixar os animais fazerem as suas necessidades nas áreas comuns e nos jardim do condomínio também ocasiona multas.
  • Em dia de mudança, respeitar as regras estabelecidas no regulamento interno: existem algumas convenções que não permitem mudanças aos sábados e domingos. É preciso se certificar também dos horários liberados, para não correr o risco de ser multado.
Por InfoMoney
Publicado em UOL Estilo

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Fique atento aos documentos que garantem segurança na compra de imóvel


Os compradores de imóveis devem ficar atentos aos documentos que garantem a segurança durante e após a aquisição do bem.


A matrícula do imóvel, por exemplo, é um documento obrigatório para a aquisição de um imóvel tanto na planta como pronto. De acordo com a Tibério Construções e Incorporações, é nele que consta o histórico completo do imóvel, incluindo os proprietários anteriores e a existência de dívidas, se houver. O documento onde consta a matrícula pode ser consultado no cartório de imóveis onde foi registrada.

Além da matrícula, é necessária a certidão de débito/IPTU, que é o documento que comprova a inexistência de dívidas relativas ao imposto sobre o imóvel. Essa certidão é pública, portanto, para acessá-la, basta entrar no site da prefeitura e consultar as informações pelo número do contribuinte. No caso de imóveis adquiridos na planta, a incorporadora pode fornecer o número do contribuinte em relação ao terreno onde o empreendimento será construído. Quando o imóvel estiver pronto, ele terá a matrícula desmembrada. Assim cada unidade terá sua própria matrícula. Ou seja, os apartamentos terão o seu próprio número de contribuinte, que poderá ser consultado da mesma forma.

Na hora de comprar o imóvel, é importante também que o comprador exija do vendedor certidões que comprovem se ele é responsável por alguma ação cível, criminal, trabalhista, executivos fiscais, ou se constam protestos no nome dele. Os sites da Justiça Federal e da Receita Federal emitem essas certidões gratuitamente.

Somente imóveis prontos
O certificado de conclusão "Habite-se" é necessário somente para os imóveis que forem comprados prontos. Esse documento, expedido pela Prefeitura, é oficial e comprova que a obra foi concluída e realizada conforme o projeto aprovado pelo órgão. Sem esse certificado, o imóvel não pode ser habitado e não há possibilidade de financiamento bancário pelo Sistema Financeiro de Habitação.

Outro documento exclusivo para imóveis prontos é a declaração de inexistência de débitos condominais. Neste caso, o comprador do imóvel deve procurar o síndico e pedir a declaração, com cópia autenticada da ata da assembleia que o elegeu.

Por InfoMoney
Publicado em UOL Estilo

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O golpe do falso aluguel


Para você que está procurando um imóvel para alugar, seguem algumas informações importantes:

Um golpe que está se tornando comum em todas as grandes cidades, tem  deixado no prejuízo muita gente de boa-fé.

Até em Sorocaba uma quadrilha foi presa neste final de semana, acusada de aplicar este tipo de golpe.

O FALSO ALUGUEL

Pessoas pegam as chaves para visitarem imóveis, alegando interesse na locação, e que copiam estas chaves, estão se fazendo passar por proprietários dos imóveis, ou representantes destes e, oferecendo o imóvel para alugar por preços, normalmente, abaixo do mercado. Preço que pode chegar à metade do valor.

Diante de tamanha vantagem, não são poucos os que sucumbem à tentação.

Mas, fique atendo aos detalhes da proposta para perceber quando é um golpe:

1) Os imóveis disponíveis para locação, pela CASABRANCA Imóveis, possuem placas de identificação da imóbiliária na fachado do imóvel.

2) Toda negociação e andamento para a locação é realizada por equipe da CASABRANCA , em nossas unidades de atendimento nos seguintes endereços:

CENTRO: Rua XV de Novembro, 229 - Centro - Sorocaba - SP - Fone - (15) 2102-9999

CAMPOLIM: Rua Barão de Tatuí - 1078 - Vergueiro - Sorocaba - SP - Fone (15) 2102-8888

ZONA NORTE: Avenida Itavuvu, 840 - Itavuvu - Sorocaba - SP - Fone -  (15) 3219-5454

3) Caso tenha visto um anúncio em jornal ou site, e entre em contato para obter maiores informações sobre o imóvel, desconfia se a pessoa solicitar depósito antecipado para firmar o contrato de locação.

4) Em nenhum contrato de locação da CASABRANCA é cobrado aluguel antecipado.

5) Mesmo em casos de opção por outra forma de garantia que não seja o fiador, ou:

o próprio locatário contrata um seguro fiança junto a uma Corretora de Seguros ou,

no caso de Caução, é efetuada uma aplicação financeira em nome da imobiliária e do locatário.

5) Tenha consciência que os valores dos aluguéis são regulados pelo mercado (lei da oferta e procura). Embora sempre seja possível uma negociação desses valores, eles não ficam muito abaixo dos valores praticados pelo mercado de locação.

Se um imóvel está sendo oferecido por uma pessoa que alega ser proprietário ou representante do proprietário, por um preço abaixo muito abaixo do valor de mercado, pode ser um golpe.

Atualmente como há mais procura do que oferta de imóveis alguns golpistas, estão oferecendo o imóvel sem redução de valor, porém com facilidades para a locação, como a exigência de apenas um depósito ou pagamento antecipado, para realizar a locação.

Procure nestes casos checar as informações prestadas por estas pessoas, com síndicos ou porteiros, para casos de apartamentos ou casas em condomínio e com vizinhos ou mesmo solicitando apresentação da escritura do imóvel, devidamente registrada.

6) Desconfie de conversas do tipo:

"— Olha, estou fazendo o aluguel para você neste valor, mas não conta para ninguém, ou ... não conta para o síndico, porque depois os outros inquilinos para quem aluguei por valor maior vão ficar no meu pé!"

Ou justificativas do tipo:

"— Apesar de o imóvel ser administrado por uma imobiliária, estou tentando alugá-lo por conta própria porque o proprietário, meu amigo, precisa de dinheiro logo. Por isso, inclusive, ele está pedindo um valor abaixo do mercado."

7) A recomendação de todo bom advogado e até mesmo das autoridades policiais é unânime:

"— Se for alugar de particular, é preciso conhecer o dono e checar a documentação."

8) Para quem já caiu no golpe a recomendação é, registrar Boletim de Ocorrência na Delegacia, pois as informações prestadas serão valiosas para que a polícia possa desmontar a quadrilha.

Além disso a divulgação da ocorrência impedirá o uso do mesmo imóvel e dificultara o uso dos mesmos dados de proprietários falsos.

"Valores depositados em contas de golpistas são dificeis de serem recuperados, pois, por usarem nomes e dados falsos, raramente são localizados, salvo caso de prisão em flagrante."

Pense, reflita e confira, antes de enviar dinheiro para uma pessoa que se faz passar por proprietário ou representante dele.

É no calor da emoção que entramos em fria!